domingo, 31 de janeiro de 2010

Vamos brincar de disparate?

Ah! Quando lembro da aurora da minha vida... O poeta, assim como nós, também tem a impressão de que já teve os seus dias de glória. Tipo estar no colégio, junto dos seus amigos pré-adolescentes, com seu mundinho “popular”. Ser popular na minha época era estar no Glee Club sim. E eu estava entre os mais conhecidos. Isso se refletia quando você era convidado a responder uma série de perguntas num caderninho de mais de 50 páginas. Chamávamos aquela “publicação” de disparate. Perguntas como “qual o maior mico que você pagou?” e “já beijou uma amiga sua?” eram de praxe. Ousadia era “você já mordeu a maçã proibida?”.

Hoje em dia o mundo é outro. Felizmente ainda acho que a Internet veio reformular nossas ações sociais. E a rede resgatou a antiga brincadeira de perguntas e respostas, só que bem ao naipe da juventude dos anos 2000. Você já ouviu falar no danado do Formspring? Até um mês atrás eu não tinha ouvido nadinha. Hoje me divirto bastante com esse joguinho de perguntas e respostas.

Curta um pequeno tutorial sobre essa nova febre das redes sociais!

Que diabo é Formspring?

O Formspring também é uma rede social, ou seja, tem o objetivo de integrar pessoas de todos os lugares, usando como plataforma perguntas e respostas diretas (que podem ou não ser anônimas).  O endereço é www.formspring.me e ainda não tem versão brasileira. É bom pra praticar nosso inglesinho mixuruca.

As perguntas respondidas ficarão expostas para todos aqueles que te seguem, assim como no Twitter. Também é permitido que você as disponibilize em outras redes como o Facebook e o próprio Twitter.

Como eu participo dessa birosca?

Simples assim. É só entrar em www.formspring.me e fazer o cadastro. Pode ser meio complicado se você tá com o inglês enferrujado.

Com o Formspring eu serei mais feliz?

Depende do que você vá fazer com ele. Essa ferramenta pode ser muito útil, principalmente quem trabalha com o público que pode usar a plataforma para tirar dúvidas. Pode servir como espaço para divulgação. Já vi muita gente divulgando músicas via Form e se dando bem. No mais, é um grande entretecedor.

No ato como é?

1 – Criando a conta

Acesse www.formspring.me. Clique em sign up now. Aparecerá uma tela que pede seus dados, preencha-a.

Não esqueça que username é nome de usuário viu? O meu é marlosaraujo1. No final confirme as informações.

Assim como no twitter você também encontrará ferramentas que lhe ajudarão a aperfeiçoar seu perfil. Você pode deixá-los em branco, mas isso pode te fazer impopular. Website (endereço de site ou blog que você alimenta), location (onde você mora), bio (características físicas), Photo (foto hehe) e depois clique em finish. Pronto! Você está no Formspring.

Aparecerão três perguntas (em inglês) para você entender como funciona o serviço.

2 – Configurando a conta

Clique em Settings. Aí você sempre terá contato com suas informações que podem ser modificadas. No final da página você encontra “What do you to ask?”, dentro desse campo você verá “ask me anything” (pergunte-me qualquer coisa). Essa frase ficará sempre em cima do espaço reservado para que seus seguidores te façam perguntas. Você pode trocá-lo.

Também em Settings existe a marca Design onde você pode selecionar um dentre os temas disponíveis (que são meio chumbregas) melhor fazer uma arte e “uploadar”.

Na guia Services você poderá integrar seu sistema Formspring a outras redes, para que suas respostas sejam vistas pelos seus amigos de lá. Você pode esolher por exemplo o Tumblr, o Twitter, o Blogger e o Facebook. Para fazer isso clica em configure e escolhe a rede social de sua preferência. Se for o Twitter (sign in with Twitter). O usuário será encaminhado a uma tela que pedirá o nome de usuário e senha do Twitter. Preencha e clique em sign in. Na tela que abrir clique em Allow. Pronto!

No Blogger o Formspring será um widget. Quem tem sabe bem o que é isso!

Quando você desistir do Form, clique em Disable Account e em seguida na frase Yes, Disable My Account. E bye bye!

3 – Cadê o povo?

O sistema é o mesmo do Twitter. Você procura aquele amigo e clique em Find People. Há um meio de pesquisa no site, mas também ele oferece uma lista daqueles que são mais próximos a ti.

4 – Fazendo perguntas

Clique em Following e você verá as respostas dadas pelas pessoas que você segue. Se quiser saber algo clique em sua fotinha, aparecerá o perfil do mesmo e uma guia própria para você perguntar. Digite o texto e clique Send. Você terá abaixo do campo de pergunta as opções de mandar a pergunta anonimamente ou não.

5 – Respondendo

Clique em Inbox e lá estarão as perguntas que as pessoas querem fazer a você. No lado direito clique em Respond e manda brasa. Abaixo da resposta você terá a opção de publicá-la além do Formspring, por exemplo no Twitter.

E é isso aí!

O Formspring é uma realidade. Já está fazendo muito sucesso por aí. Portanto não perca a oportunidade de participar desse movimento.  Veja o convite que o baiano Geudson Lopes fez especialmente para os leitores do Aldeia.

Como você convidaria alguém para participar do Form? by marlosaraujo1

amigoooooo... rapaz..tem um site massa de perguntas e respostas..vc vai adorar. VOU TE PASSAR UM LINK E TU ENTRA.

1 minute Ago

Vida longa ao disparate!

Que bom que eles assistem “Crepúsculo”


A palavra preconceito (de maneira literal) nos mostra aquilo que julgamos de forma antecipada. O verdadeiro odeia jerimum sem nunca tê-lo provado. Infelizmente ninguém vive sem ser coberto pela extensa capa negra do preconceito. Por mais que existam campanhas intensas de que devemos olhar a todos como iguais, sempre há aquele pequeno pontinho que nos agradas nas atitudes e gostos dos nossos “semelhantes”.

Mas vamos ao que interessa. Influenciado por pensamentos e atitudes de um clã intelectual sempre achei um absurdo a galera teen viver naquela pilha de “Crepúsculo”. Idolatrando. Talvez também porque sempre achei a unanimidade burra. Porém tive a oportunidade de (mais ou menos uns dois anos atrasado) assistir à primeira parte da adaptação dos livros da escritora americana Stephenie Meyer. Juro que me impressionei e fiquei absurdamente feliz em ver a moçada, que já é tão desacreditada, estar consumindo esse tipo de arte.

Stephenie nem completou quarenta anos e já vendeu mais de 85 milhões de livros em todo o mundo. Talvez sua infância pacata na cidade de Phoenix serviu de espelho para construção da mocinha Bella. O ímpeto de seu irmão foi o mote para a construção de um “tímido” Jacob. Quem sabe a descoberta de um novo lugar como Provo, onde cursou Literatura Inglesa não serviu como pano de fundo para as verdadeiras mudanças de vida.

Contudo nada é mais fascinante e inquietante do que a construção de Edward. Longe de mim ter me rendido ao “encanto” de Robert Pattinson. Mas a desconstrução daquele mito sobre a figura dos vampiros nos remete ao ponto inicial dessa discussão. Por que somos tão avessos às diferenças? Por que o “herói” de Crepúsculo se espanta tanto quando sua amada não acha estranho seus modos? Por que temos que nos manter num “trono supremo da raça humana” e achar que a família que existe nos comerciais de margarina é a nossa meta de vida?

Diferentes não querem ser iguais. Diferentes querem apenas existir como eles próprios. 

Poucas vezes vi um personagem tão bem construído (aplausos para o jovem Pattinson, que com certeza ainda dará muito o que falar) e fico extremamente feliz por saber que milhões de jovens em todo mundo (apesar de às vezes nem entenderem todas essas questões envolvidas no dilema dos “new waves” vampiros) podem ter contato com esse tipo de referências. E desejo a todos eles que não deixem de comprar os exemplares da saga. A arte é uma das poucas metamorfoses independentes, que faz uma obra renascer sob várias circunstâncias com pequenas nuances ópticas.

Ansioso para ver “Lua Nova”!