domingo, 21 de fevereiro de 2010

Jean Meslier, o padre ateu

França do Século XVII. Numa peqeuna aldeia no norte das terras do "Rei Sol" nascia um homem que por si só era uma própria contradição. Em termos atuais ele com certeza seria inaceitável em qualquer convivência social, visto que atualmente as pessoas estão bem mais preocupadas com a personalidade e conceitos dos outros, literalmente sem olhar para o próprio rabo. Sua maior contradição era ser um padre que não acreditava em Deus. Mas como assim?

Fiquei intrigado quando vi uma resenha no site da Folha sobre o livro "Ateísmo e Revolta" do doutor em filosofia Paulo Jonas de Lima Piva que conta a história e, principalmente, os conceitos pré-comunistas e ateístas de Jean Meslier (1664-1792).

O clérigo foi um dos mais influentes precussores do Iluminismo, que tinha como principal guia a busca pela racionalidade, além do materialismo.

Dentre seus discurssos inflamados podemos encontrar "broncas" contra as injustiças sociais e "peiticas" de Luís XIV, a exploração dos oprimidos, a dogmação da criação do universo, o poder das divindades e suas transcendências, os profetas, os santos, a religião católica, dentre outros assuntos.

Sobretudo Meslier foi um materialista que acreditou piamente que tudo foi originado da própria evolução da natureza. De praxe sempre disse que nada se sobrepunha ao plano físico e concreto.

Ele foi além ao definir Jesus Cristo como "louco, fanático, ignorante e charlatão, como um indivíduo astuto que se aproveitou da credulidade e do desespero de pessoas ignorantes para estabelecer o seu império".

Todos esses argumentos podem ser encontrados em diversas obras feitas sobre a vida de Jean Meslier, mais específicamente numa coletânea de cartas escritas à punho, chamadas de "Cartas aos Curas" (1720).

Acredito que todos os caros leitores ainda fazem a mesma pergunta do começo desse texto: "mas por quê?". A resposta é a mesma que foi dada a milhares de perguntas sobre a humanidade: a intolerância.

Não existia opção para um jovem pobre da sociedade hierarquizada da "idade das trevas" que buscava sobretudo sobrevivência e educação. Por mais que concordem ou não com a atitude de Jean Meslier em permanecere durante toda sua vida defendendo algo e praticando outra coisa, todos devem se espelhar no exemplo deste rapaz de não abrir mão do que você pensa ou acredita para não bater de frente com os dogmas da sociedade. Apesar de combater essa prática Meslier foi um grande "charlatão" que soube como ninguém se utilizar de um meio prático (sua sobrevivência) para fazer prevalecer seus conceitos. Esse jovem radical, apesar de não ter o devido reconhecimento, foi um dos pilares de diversos estudos posteriores sobre a sociedade. Referência para gente como Bakunin, Sade, Marx e por aí vai.

Ser rebelde é remar contra a maré? Jamais! Rebeldia é nadar junto com a maioria e fazer valer sua vontade sem derrubar uma agulha!

Sejamos cada vez mais inteligentes.

"Amém!"

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Luciana e as Novas Tecnologias

Consultando meu honorável “Te dou um dado?” (http://tedouumdado.virgula.uol.com.br/) me deparei com um comentário feito pela Polly sobre uma descoberta do mundo virtual. O blog de Luciana. Sim, ela mesmo, a menina da cadeira de rodas de Viver a Vida.

Primeiro ri pencas como a mocinha conheceu essa tecnologia (dada de presente por sua irmã adotiva Mia). Polly registrou o diálogo:

- Isso é um blog? (Não uma máquina de lavar!)


- Sim, um blog é onde você anota seus pensamentos. (Nooosa!)


- Nossa, que legal e moderno! Sempre tive diários. (e moderno? Já pensou quando ela descobrir o Twitter)


- E você sabia que existe gente que vive disso? São chamados blogueiros. (Tipo quem? Tessália?)


- Nossa! (Pausa dramática!)

Só que a historinha não para por aí. O blog da personagem de Alinne Moraes existe de verdade. Lá a heroína do Brasil conta seu dia a dia com muita melancolia e (lógico!) muita tosquice. Deus me perdoe, mas as confissões são de matar...

Leia alguns pensamentos que Luciana anotou em seu blog:


“Sou Luciana Saldanha Ribeiro, carioca, modelo e... cadeirante. “


“Tive uma infecção urinária séria, que me deixou internada novamente no hospital. Achei que nunca mais voltaria àquele lugar e estou um pouco abatida com tudo isso. Estava indo tão bem até agora… Todos os médicos afirmaram que infecção urinária é muito comum em pacientes como eu, tetraplégicos.”


“Dr. Alexandre, meu fisiatra, me explicou que a infecção é um problema comum devido às nossas bexigas neurogênicas.” (Como Lu decorou isso? Se ela recebeu o texto ontem à noite!).


“Quero inaugurar meu diário virtual com uma poesia que me veio à cabeça quando consegui ficar sentada na beirada da cama pela primeira vez, ainda no hospital”. (Que ternura!).


“Esse blog é um presente para você, minha querida irmã. Espero que, aqui, você deposite toda a sua sensibilidade e seus sonhos! Veja as primeiras fotos do ensaio que você realizou no estúdio da Ingrid. Olha como ficaram bacanas! De sua irmã, Mia” (Olha que merchandete!).


E pra concluir:  “É o que vivo repetindo para mim diariamente: “Coragem, Luciana!”.

Só sei que a partir dessa experiência vou me dizer diariamente: “Coragem AldeiaCult!”

Se você é igual a São Tomé, só acredita no que vê, acesse www.sonhosdeluciana.com.br! Mas não esqueça o lenço...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

"Black or white"?

A capa da edição de março de uma das revistas mais populares dos Estados Unidos, a “Vanity Fair”, que estampou inclusive versões temáticas sobre o Brasil e destaques a Gisele Bündchem, gerou muita controvérsia diante de diversas publicações do país.

Com o título “A New Decade, A New Hollywood” (Uma nova década, uma nova Hollywood) a revista traz fotos de nove promessas do cinema que deverão alcançar o auge de suas carreiras nessa década. Mas uma peculiaridade chamou a atenção de todos. Todas as atrizes, que tem entre 19 e 27 anos, são brancas.

A lista traz Abbie Cornish (“Elisabeth – A Era de Ouro”), Rebecca Hall (“Vicky Cristina Barcelona”), Anna Kendrick (“Amor sem Escalas”), Carey Mulligan (“Educação”), Amanda Seyfried (“Mamma Mia!”), Kristen Stewart (“Crepúsculo”), Emma Stone (“Peper Man”), Mia Wasikowska (”Amelia”) e Evan Rachel Wood (“Across the Universe).

Publicações como “USA Today” e os sites “Jezebel” e “Politics Daily” consideraram a atitude da “Vanity Fair” parcial e injusta com a diversidade multirracial presente nos Estados Unidos.

"Aparentemente a nova década não terá a ver com diversidade", comentou ironicamente Dodai Stewart, do "Jezebel", portal feminino sobre famosos e moda.

Até que ponto saber se a “Vanity Fair” foi preconceituosa é uma tarefa nem tão árdua. Basta reparar em atrizes jovens como Zoë Saldaña (“Avatar”), Freida Pinto (“Quem quer ser um milionário?”) e Gabourey Sidibe (“Preciosa”), indicada na última terça ao Oscar de melhor atriz que  não foram relacionadas (nem fotografadas) pela publicação.






Estamos ainda no início de 2010 e até 2020 veremos o amadurecimento de cada uma dessas aspirantes ao estrelato. Só o tempo e o talento poderão dizer quem fará a cara da Nova Hollywood nas próximas décadas. Definitivamente a cor da pele das candidatas não será colocada em questão.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Crianças e as pulseirinhas do sexo!

Quando me disseram eu não acreditei. Mas é verdade. A nova moda dos jovens (bem jovens mesmo) do Reino Unido é usar as famosas pulseiras do sexo. Com cores variadas as “shag bands” sinalizam os desejos afetivos/sexuais da garotada. A polêmica foi tão grande que os pais foram até o “Ministério da Criança” prestar queixa dos ambulantes que vendem os badulaques.

Tudo ficou ainda mais preocupante quando crianças de menos de 8 anos aderiram à moda.

Pra não ficarmos por fora vamos conhecer o que representa cada uma das cores.



Amarela – Quem usa quer apenas um singelo abraço tipo a Amy Winehouse depois que acorda de porre.

Rosa – Mostrar o peito. A Janet estava usando uma dessas no SuperBowl.

Laranja – kakakakaka “Dentadinha” de amor. Parece até nome da novela da Globo. Algo como a relação Mike e Holyfield.

Roxa – Beijo de língua (talvez sexo). Tipo quando a gente encontra a Preta Gil. E dançando “Single Ladies” agora? Ui! Tenho medo às vezes.




Vermelha – Lap Dance? Que diabo é isso? Jogando no Google temos a seguinte definição: “Uma “Lap Dance” é um tipo particular de dança erótica, que normalmente é praticada em bares de strip. Nesta dança, o homem está sentado enquanto a bailarina executa a dança a curta distância, em top-less ou até mesmo nua.” O que a Lia fazia no programa do Rodrigo Faro.

Branca – A menina escolhe o que quer apetecer! Tipo a Lindsay Lohan quando cria roupas.



Verde – Sexo oral a ser praticado pelo rapaz. Michel em Tessália.

Azul – Sexo oral a ser praticado pela moça. Tessália em Michel!

Preta – Sexo com mulher na “posição do missionário” (essa eu não sei de onde saiu, mas a tal da posição é o popular Papai e Mamãe). Bota a Paris na banheira...



Imagina se essa moda chega no Brasil? Tipo como a moda dos bate-bates, do ioiô da Coca-Cola? No meu tempo a vida era bem mais singela. Esse mundo ta perdido!

Faça história no Aldeia. Sugira novas personalidades que combinam com as pulseiras do sexo!!!