quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

"Black or white"?

A capa da edição de março de uma das revistas mais populares dos Estados Unidos, a “Vanity Fair”, que estampou inclusive versões temáticas sobre o Brasil e destaques a Gisele Bündchem, gerou muita controvérsia diante de diversas publicações do país.

Com o título “A New Decade, A New Hollywood” (Uma nova década, uma nova Hollywood) a revista traz fotos de nove promessas do cinema que deverão alcançar o auge de suas carreiras nessa década. Mas uma peculiaridade chamou a atenção de todos. Todas as atrizes, que tem entre 19 e 27 anos, são brancas.

A lista traz Abbie Cornish (“Elisabeth – A Era de Ouro”), Rebecca Hall (“Vicky Cristina Barcelona”), Anna Kendrick (“Amor sem Escalas”), Carey Mulligan (“Educação”), Amanda Seyfried (“Mamma Mia!”), Kristen Stewart (“Crepúsculo”), Emma Stone (“Peper Man”), Mia Wasikowska (”Amelia”) e Evan Rachel Wood (“Across the Universe).

Publicações como “USA Today” e os sites “Jezebel” e “Politics Daily” consideraram a atitude da “Vanity Fair” parcial e injusta com a diversidade multirracial presente nos Estados Unidos.

"Aparentemente a nova década não terá a ver com diversidade", comentou ironicamente Dodai Stewart, do "Jezebel", portal feminino sobre famosos e moda.

Até que ponto saber se a “Vanity Fair” foi preconceituosa é uma tarefa nem tão árdua. Basta reparar em atrizes jovens como Zoë Saldaña (“Avatar”), Freida Pinto (“Quem quer ser um milionário?”) e Gabourey Sidibe (“Preciosa”), indicada na última terça ao Oscar de melhor atriz que  não foram relacionadas (nem fotografadas) pela publicação.






Estamos ainda no início de 2010 e até 2020 veremos o amadurecimento de cada uma dessas aspirantes ao estrelato. Só o tempo e o talento poderão dizer quem fará a cara da Nova Hollywood nas próximas décadas. Definitivamente a cor da pele das candidatas não será colocada em questão.

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