terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Quando a ética atinge a individualidade

O que difere as profissões, os termos que as definem ou vontade de fazê-las? Podemos supostamente nos tornar um outro profissional pela pura necessidade? Será que somos competentes o suficiente para nos tornarmos camaleões que vagam em várias nuvens?

Os estudiosos dizem que os profissionais da geração Y devem estar preparados para todos os desafios e com conhecimento suficiente para desatar qualquer embrulho. Cobra-se inglês, francês e espanhol, detalhes técnicos sobre o uso das redes sociais, sorrisos largos e muita gentileza. O novo profissional não pode ficar de banzo, como nos navios negreiros.

A ética, que debatida em várias esferas, durante séculos, não define até hoje o que é público ou privado, certo ou errado. Mas sobretudo, a discussão que menos prevalece dentre todas é: o individual e o coletivo.

Até que ponto nossas impressões pessoais são suficientes para garantir o nosso trabalho se quando falamos algo que corta os ouvidos de nossa hierarquia somos demitidos? Por que nos é cobrada essa autoafirmação, se no fundo temos autonomia apenas para obedecer?

O mundo se mostra cruel e ainda não tenho capacidade de entendê-lo por completo. Não posso assumir algo que se manifesta em minha essência, pura e tosca. Enfim, não posso envolver o que é alheio e, quem sabe por infortúnio, fazer perecer o que não é meu e ser responsabilizado por isso.

Um homem se torna homem pelos grandes feitos e sim pelo que assume não ser capaz de fazer.

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