Sono. Quatro letras. Pigmentos de um estado, ou seria um sentimento? Não sei bem definir o que ele é, só sei que está para o autor desse texto como para o leitor do mesmo.
Os olhos pesam. A vista embaça. E o que nos resta é se entregar à ele como uma virgem de 17 anos. E os meus princípios, onde ficam?
Tolo aquele que resiste.
O sono é como uma ante-sala de uma clínica. A fase do temor diante o inesperado. De que adianta dormir se vou acordar. De que adianta acordar se vou ter que dormir novamente. E o sono reina como senhor absoluto para nos obrigar a fazer o que não queremos.
A falta dele nos gera doenças, insatisfação e flatulências. O excesso dele também.
Não adianta levantar e baixar a vista na rotação das novidades do Twitter. Não adianta se entreter no Msn com aquele brotinho desejado. Não adianta nada. Quando ele vem, ele fica até você desistir de si mesmo.
Independentes nos sentimos quando vencemos ele no prazer. Cansados quando o derrotamos no pesar. Tão dúbio e tão eminente.
Tão iminente!
Pois é, acabo de me tornar um último suspiro. Essas divagações foram como a última gota do alcoólatra.
É inevitável. Entregar-me-ei.
O meu está esperando na minha cama com seu agasalho marrom. Irresistível como sempre. Pois bem, não perderei mais tempo e me entregarei de corpo e alma ao sono.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
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