domingo, 22 de agosto de 2010

"Hey, Jude!"

“Hey Jude, don’t make it bad”.  Quantas vezes não embalou minha vida com esse verso de John Lennon e Paul McCartney? Ontem seria mais um dia para reverberar essas palavrinhas mágicas e reconhecíveis por boa parte dos 6 bilhões de seres humanos deste planeta. Mas ontem era diferente. Ontem era especial.

Peguei a minha gata (Luciana), subi na minha motoca com meu casaco de couro e fui viver a vida que não vivi há 60 anos.



Promoção da Rádio Mais FM Educativa (meu trabalho) a banda Rubber Soul, que comprovou ser a maior cover dos Beatles, animou o público iguatuense sedento. Muito sedento.

Depois de uma magnífica abertura de Ricardo sentiu-se um calor estranho de aglomeração. Arrepios. Assobios. Uma ansiedade diferente para o público diferenciado que se propôs a curtir o evento. Todos ansiosos pelo melhor da música da alma.

“Take a sad song and make it better”. E assim transformamos nossa vida em algo bem melhor após o deleite sobre obras raras como “A Hard Day’s Night”, “Help!”, “Girl”, “All My Loving”, e por aí vai. Estava sim precisando cantar alto essas canções e exorcizar ainda mais os fantasmas recentes.

“Remember, to let her into your heart”. Lembrei sim de deixar a minha própria vida voltar ao meu coração. Sentir novamente que existo. Passamos a vida inteira costurando as individualidades alheias para viver em sociedade, que acabamos esquecendo o quanto nós somos bonitos e quanto precisamos talhar a nossa felicidade. Ontem senti meus amigos se dedicarem a mim em cada uma daquelas singelas canções tão famosas. Senti que dediquei com carinho aquelas palavras aos velhos amigos de sempre, aos novos amigos de agora e, principalmente, a qualquer desconhecido que ali estivesse sentindo aquela energia.

Pude conhecer uma pessoa que a muito esperava. Vanessa Vidal, uma garota que admiro e torço. Alguém que gostaria de ser pelo menos 2%.

“Then you can start, to make it better”. E assim, a noite foi terminada. Porque se dependesse de mim ela ainda estaria pulsando. Voltei para casa na minha lambreta com a sensação de que vivi um sonho. Um sonho que me fez viajar. Um sonho que me fez melhorar.

“Na na na na na na na na na na na, Hey Jude!”.

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