quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A russa de saltos altos

Não importa se ela é polonesa ou russa, o legal é que deixa em quem a experimenta uma nova realidade, um novo ímpeto, uma “sobriedade” adquirida. Essa frase poderia ter sido escrita e imortalizada por qualquer Czar de barbas longas, mas caiu para um mulatinho sem-vergonha do Brasil, terra da “cana brava”, tentar fazer dela algo relevante.


Ninguém sabe dizer objetivamente quando a Vodka foi inventada. Provavelmente por ter tomado mais de um copo na ocasião, porém o que se sabe é que ela ganhou o gosto popular. Por muito tempo para mim ela expressava a cara feia dos russos quando pronunciavam o nome de suas mulheres gordas e com toucas de orelheiras na cabeça. Mas, graças ao impagável Boris Yeltsin a Vodka se tornou um pouco mais amistosa.



Cevada, milho, trigo, centeio, ervas e até figos ou batatas podem servir de base para o nascimento de uma boa Vodka, o que demonstra sua sutil capacidade de se adaptar. Em seu salto alto pode aguçar o paladar de qualquer cavalheiro mal intencionado. Varia seu percentual alcoólico entre 35% e 60%, dependendo da intensidade empregada.

Ela poderia ser nobre, se tornar um uísque se fosse fermentada à baixas temperaturas. Porém, ela não se conforma com o frio e ao ser esquentada vira uma verdadeira vadia nas mãos do proletariado.

Ah! Doce mulher que envolve no primeiro abraço. Ah! Demoníaca fêmea que não sai do teu corpo após uma longa noite de amor.

Um café com a Balalaika. Às 9, motel com a Cristal. Um poema com a Gdansk às 11. Passeio com a Kamarada depois. Uma prece com a Layka depois do almoço. Uma jura para Natasha de amor eterno. Um vestido para Orloff e uma sombra com Osobaya. Baile com Paloff às 7. Um filme com a Polanski, às 10. Cair na balada com Rajska, beijar sua irmã gêmea Rajska Lemon. Um papo transcendental com Smirnoff. Ir aos céus com a Sputnik. Mais motel com Stefanof e dormir com uma boa Taiga. Até que Zvonka me coloque no meu lugar e me faça viver tudo novamente.

Quem bem me conhece sabe que eu já não bebo mais tanta Vodka. Talvez por já tê-la amado demais e ela sempre ter me jogado nas mais profundas sarjetas. Um infantil copo de refrigerante de laranja já me causa náuseas e me traz a recordação dessa paixonite crônica. Mas mesmo assim, não esqueço o ensinamento que um velho eu-lírico me proferiu uma vez numa mesa de um bar vermelho.

"As mulheres são Vodkas. Boas ou más. Apesar de abandoná-las jamais sairão das nossas almas".

4 comentários:

  1. Loucura esse post!
    Maldita vodka que acaricia nossa mente enquanto nos esbofeteia a face!

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  2. Eu, concordo com vc. Vodka embreaga em todos os sentidos. E como não comentar sua brincadeira com as marcas? Perfeita!!! Parabéeens!

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  3. bebida em geral é um problema quando ingerida em excesso, mas quando quem bebe consegue se controlar... a diversão é garantida!

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  4. Bebida sou totalmente contra!

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